Programa #34 e #35

São dois os programas que aqui apresento esta semana, depois de não ter postado aqui nem a playlist nem o link para o programa da semana passada. Peço desculpa pelo lapso e espero que a vontade de ouvirem o Música de Peso seja agora a dobrar. Dois programas de elevadíssima qualidade e recheados de novidades, só para vocês.

Programa #34 - Playlist

#1 Nocturnus - Standing In Blood (The Key, 1990)
#2 Caina - Ten Went Up River (Temporary Antennae, 2008)
#3 Candlemass - Elephant Star (From the 13th Sun, 1999)
#4 Nephenzy Chaos Order - Thou Who Parts Flesh (Pure BlackDisease, 2003)
#5 Lotus Porcus - Bacalhau Personalizado (Demos 2008)
#6 Neuropathia - Satan Owns Your Stereo (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#7 Neuropathia - High On Nicotine (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#8 Neuropathia - Unpleasant Mournings (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#9 Supercontinent - Cataclysms (Vaalbara, 2008)
#10 Ephel Duath - Labyrinthine [Crimson] (The Painter's Pallete, 2003)
#11 Sleep - Jerusalem (Pt5) (Jerusalem, 1999)

Programa #35 - Playlist

#1 The Firstborn - The Noble Search (The Noble Search, 2008)
#2 Enslaved - The Watcher (Vertebrae, 2008)
#3 Deathspell Omega - Bread Bitterness (Fas-Ite, Maledicti, In Ignem Aeternum, 2007)
#4 Dead Child - Never Bet The Devil Your Head (Attack, 2008)
#5 Dead Child - Rattlesnake Chalice (Attack, 2008)
#6 King Hobo - Moonshine (King Hobo, 2008)
#7 Skepticism - The Curtain (Alloy, 2008)
#8 We Were Wolves - Howlin' Blues (Demos, 2003)
#9 Age Of Silence - The Concept Of Haste (Acceleration, 2004)

Para descarregar, é só clicar no programa que desejam ouvir.

Todos os sábados e domingos convosco.

Roadburn 2009 - 23 a 26 de Abril. Quem vem comigo?

Ando muito seriamente a pensar em ir. Cada vez que abro a página do festival dá-me uma arritmia. É dos melhores no que toca à relação qualidade/quantidade. Vejam lá: Neurosis, Six Organs Of Admittance, Saint Vitus, Wolves In Throne Room, Cathedral, Colour Haze... É só escolher.

99€ para todos os dias (sem acampamento). Quem vem comigo?

Behold...The Arctopus + Genghis Tron

Já faz uma semana que aconteceu este concerto, já devia ter escrito qualquer coisa. Perdoem-me o atraso, mas Espanha + Erasmus + Aulas trocam-me.

O concerto começou com um ligeiro atraso, na sala fantástica que é a La Boite (ao que me disseram, um modelo à escala do Scala de Londres). Os primeiros a subir ao palco foi o trio americano Behold...The Arctopus. O concerto foi impecável, exímio, abismal. São daqueles exemplos em que ver ao vivo é muito melhor e dinâmico que ouvir num disco em casa. Cada um dos membros domina com mestria o seu instrumento - vénias a Colin Marston e a sua Warr de doze cordas, que funciona como baixo e guitarra ao mesmo tempo. Depois de cerca de 50 minutos potentíssimos em que a voz não fez falta, o público estava tão entusiasmado que exigiu um encore. E a banda, também conhecida como We Need A Drummer, regressou ao palco para fazerem...um solo de bateria. Impecável primeira parte, que deixou o público a salivar e a desejar por mais. Que voltem rapidamente à Europa e desta vez a solo.

Pouco depois entraram em palco os Genghis Tron. É estranho pensar que uma banda de grindcore/hardcore baseia o seu som numa guitarra e em três sintetizadores + protools. Os norte-americanos começaram a abrir com um tema do recentíssimo "Board Up The House", mas cedo se percebeu que a banda - principalmente Mookie Singerman (voz) - não estavam em grande forma (ou talvez com pouca vontade de tocar?). Ainda assim, a coisa compôs-se à segunda ou terceira música e o concerto seguiu-se sem problemas de maior. Ainda assim, tenho que admitir que ficou aquém das minhas expectativas: pouca comunicação, empenho a menos e uma voz fraquinha por vezes. Se os Behold me surpreenderam ao vivo e prefiro vê-los ao vivo, já os Genghis Tron vou continuar a preferir ouvi-los em disco. O público também deve ter sentido o mesmo, uma vez que mal o concerto acabou não se entusiasmaram a pedir encore como haviam feito com os Behold. Mas a bancada de merch deles era muito boa e comprei uma bela t-shirt, com um design impecável.

No fundo, valeu a pena, principalmente pela excelente primeira parte. E, apesar de tudo, ver duas das bandas que continuo a considerar das mais inovadoras no metal, faz-me sentir recompensado.

Amanhã em Madrid

Acontece um grande, enormíssimo concerto. Uma das bandas mais inovadoras num género que ameaça estagnar - o grindcore - e uma das fusões entre jazz e metal mais bem conseguidas nos últimos dez anos.

Genghis Tron (com Board Up The House editado este ano) e Behold... The Arctopus (com Skullgrid editado no ano passado, mas ainda na bagagem), são as bandas que sobem ao palco da La Boite por volta das 21.30 de amanhã. Grande concerto em perspectiva. E eu vou lá estar!

Sugestões de Peso #9

De volta à normalidade, as Sugestões de Peso traduzem-se esta quinzena num Especial Livros, já que é sobre este formato que iremos incidir exclusivamente.

Parece que é desta: o eternamente aguardado e pornograficamente dispendioso Chinese Democracy, da Axl Rose Band…desculpem, dos Guns N’ Roses, chega às lojas a 23 deste mês. A notícia justifica, portanto, a inclusão de nada menos do que dois livros sobre o grupo de «Welcome to the Jungle» nesta rubrica.
Watch You Bleed: The Saga Guns N’ Roses, de Stephen Davis, documenta a história de um dos grupos mais famosos do Sunset Strip nos últimos 20 anos, com especial incidência na biografia de Rose. Na infância, a custódia do futuro vocalista seria retirada ao seu violento pai, tendo o rapaz, então conhecido pelo nome de baptismo, Bill Bailey, crescido numa casa profundamente religiosa de Indiana. Porém, os maus tratos continuaram - o padrasto batia-lhe sempre que Axl tocava canções dos Led Zeppelin ao piano. O rapaz abandona o liceu e, em fuga da polícia, chega a Los Angeles, em meio às batalhas de gangues. As biografias dos restantes membros do grupo são igualmente abordadas, em especial de Slash, um miúdo das ruas de Hollywood cuja mãe tivera uma relação com David Bowie.

A formação do grupo e a força que desde cedo o caracterizou, apesar das acusações de violação, consumo de drogas e outras formas de conduta anti-social, representa, como expectável, uma das mais interessantes partes do livro. Sem deixar pormenores ao acaso, o autor mergulha ainda na imensa estrada que Rose percorreu durante o absurdamente longo processo de composição/gravação de Chinese Democracy, não esquecendo o caminho de Slash, Duff McAgan e Matt Sorum nos Velvet Revolver. Um livro espantoso, que revela a verdadeira história do grupo, desde os clubes de Rock do Sunset Strip para os estádios do Mundo.

Por outro lado, Guns N' Roses Encyclopaedia é um compêndio pormenorizado, em que Mick O’Shea abrange todos os aspectos e épocas da história da banda. Nos vários capítulos encontramos informação variada sobre elementos antigos e actuais, canções, álbuns, discos piratas, concertos, festivais, eventos, amigos, inimigos e das relações com outras bandas.

Ilustrada por centenas de fotos, capas de discos, recortes e outros artefactos, a obra complementa Watch You Bleed, dando aos fãs um motivo extra para a ler. Apesar de 14 anos de silêncio discográfico e de apenas Rose se manter da formação original, uma coisa parece garantida: a dedicação dos fãs à banda revitalizou-se, como a euforia gerada em torno do lançamento de Chinese Democracy prova.

Raiz musical de milhões de fãs por todo o mundo, a New Wave of British Heavy Metal (NWoBHM), criada no final dos anos 70, gerou algumas das mais famosas bandas e álbuns na história da música em geral e do Metal em particular. The New Wave of British Heavy Metal Encyclopedia, de Malc Mcmillan, documenta precisamente a influência exercida em todo um género, que na última década se revitalizou.

Nesta obra os fãs irão descobrir onde e como tudo começou, bem como porque só alguns nomes sobreviveram. As entradas individuais abrangem desde os líderes incontestados do movimento (Iron Maiden, Saxon, Def Leppard) até obscuros grupos rapidamente esquecidos como Stormqueen ou Masterstroke. Em todos os casos são apresentadas discografias que constituem guias especialmente atractivos para os coleccionadores. Rico em ilustrações, de onde se destacam várias fotos inéditas, reproduções de capas de álbuns e material de concertos, o livro inclui ainda importantes contribuições de músicos-chave do movimento mais glorificado pelos verdadeiros fãs de Metal. História pura, num volume essencial para leigos e conhecedores.

Da Old School vamos directos para a New School, vertente Nu Metal, que, apesar de morta e enterrada, marcou a segunda metade dos anos 90 e parte da presente década na música extrema. Nu-Metal: The Next Generation of Rock and Punk lança um olhar alfabeticamente organizado (ou não fosse este livro também uma enciclopédia) sobre um subgénero inusitadamente odiado.

No total, inclui mais de 100 grupos inseridos no Rap Rock, Rap Metal, Funk Metal, Punk/Hardcore ou Metal Industrial. Dos Limp Bizkit, Korn, Slipknot, Deftones, Papa Roach ou Linkin Park, passando pelos Marilyn Manson, Soulfly, Tool, Amen, At the Drive-In e System of a Down, até aos pioneiros do género - Primus, Faith No More, Rage Against the Machine ou Biohazard –, nenhuma banda importante é esquecida. De facto, o contributo dos One Minute Silence, A Perfect Circle, Coal Chamber, Orgy, Alien Ant Farm, Godsmack e Videodrome para o género é recompensado nesta obra de Joel McIver, que mergulha o leitor nas raízes profundas do Nu Metal. Amem-no ou odeiem-no, ele já cá esteve e marcou o Som Eterno de forma indelével.

Texto: Dico

Programa #33

Em tempos de capicua, um especial recheado com clássicos da história do death-metal, um género para o qual o mundo não estava preparado - por isso também a má qualidade sonora do programa, fiel às captações da altura.
Infelizmente não couberam todas as bandas ou músicas que gostaria, por isso tive que optar por umas em vez de outras. Acham que devia ter incluído alguma que não as que passaram? Digam de vossa justiça.

#1 Mr. Bungle - Raping Your Mind (The Raging Wrath Of The Easter Bunny, 1986)
#2 Possessed - Holy Hell (Seven Churches, 1985)
#3 Obituary - Bloodsoaked (Slowly We Roat, 1989)
#4 Morbid Angel - Evil Spells (Altars Of Madness, 1989)
#5 Morbid Angel - Vengeance Is Mine (Covenant, 1993)
#6 Nihilist - Abnormally Deceased (Demos, 1986)
#7 Darkthrone - Accumulation Of Generalization (Soulside Journey, 1991)
#8 Maceration - Transmogrified (A Serenade Of Agony, 1992)
#9 Carcass - Malignant Defecation (Reek Of Putrefaction, 1988)
#10 Carcass - Excoriating Abdominal Emanation (Symphonies Of Sickness, 1989)
#11 Massacre - Succubus (From Beyond, 1991)

O link fica, gratuita e generosamente, aqui para todos aqueles que quiserem ouvir ou re-ouvir um excelente programa.
Já sabem, todos os sábados na Douro FM (91.4) e domingos na Rádio Zero.

"Yes we can!"

E eis que o Mundo mudou. Sinto-me um expert em política depois de ter acompanhado a par e passo (e crepes com Nutella) as eleições americanas. Sinto que se escreveu história e que faço parte dela.

O Obama consegue, nós conseguimos. O mundo mudou.

Aquele que uma vez teve um sonho, já não está vivo para o ver realizado. Mas agora parecemos determinados em ajudar a cumpri-lo.

Programa #32

Este fim-de-semana, a Rádio Zero e a Douro FM foram o éter de mais um fabuloso programa. A playlist e o link para o programa (tardiamente publicados, devido a uma semana passada em Barcelona) são os seguintes:

#1 Slipknot - Do Nothing - Bitchslap (Mate.Feed.Kill.Repeat., 1996)
#2 Lykathea Aflame - Become Shelter And Salvation (Elvenefris, 2000)
#3 Misfits - Teenagers From Mars (The Static Age, 1997)
#4 Misfits - Angelfuck (The Static Age, 1997)
#5 Misfits - Hollywood Babylon (The Static Age, 1997)
#6 Vuvr - Back In Myself (Pilgrimage, 2001)
#7 Painstruck - A Bullet For Each Other (Hell's Wrath, God's Fury, 2008)
#8 Theyweregunshots - Unlimited Men On Battlefield (I Need You To Warm Me, You Need Us To Burn EP, 2008)
#9 Koltum - Track 3 (The Story Of Death EP, 2008)
#10 Paradise Lost - Shattered (Gothic, 1991)
#11 Paradise Lost - Ash & Debris (In Requiem, 2007)
#12 !T.O.O.H.! - Kali (Rád a Trest, 2005)

O link segue aqui, com votos de regresso no próximo fim-de-semana em peso!

Douro FM (91.4) aos sábados e Rádio Zero aos domingos.