2008 que se acaba

E 2009 que começa. Espera-se um grande grande ano em termos de lançamentos, álbuns e concertos. E já agora, em termos de programas de rádio também.

2008 foi o ano que viu o Música de Peso nascer e 2009 vai ser o ano que vai ver o Música de Peso a crescer e a desenvolver-se. Na Rádio Zero (rádio mãe, diga-se de passagem) e na Douro FM, vamos continuar a trazer-vos muito peso todos os sábados e domingos. E sempre que possível, entrevistas, especiais, convidados e espectáculos de variedades.

2009 está já aí ao virar da esquina e promete ser um grande ano. Para mim, para vocês e para toda a gente. Continuem connosco.


Sábados, das 15H às 16H (91.4 FM) e Domingos, das 18H às 19H na Rádio Zero.

PS - nos primeiros dias de Janeiro (lá para dia 2) será editada a lista de melhores do ano - mais do que os 10 já apresentados no programa passado.

Programa #38

Para os menos atentos, este fim-de-semana foi transmitido o programa do ano, que integrou dez temas pertencentes aos dez melhores álbuns do ano que está prestes a terminar. A playlist foi a seguinte:

#1 Enslaved - New Dawn (Vertebrae, 2008)
#2 Atrox - Filthmonger (Binocular, 2008)
#3 Virus - Shame Eclipse (The Black Flux, 2008)
#4 Bloodbath - Slaughtering The Will To Live (The Fathomless Mastery, 2008)
#5 Caïna - Ten Went Up River (Temporary Antennae, 2008)
#6 The Firstborn - The Noble Search (The Noble Search, 2008)
#7 Jarboe - Bornless (Maha Kali, 2008)
#8 Cult Of Luna - The Great Migration (Eternal Kingdom, 2008)
#9 Cynic - Integral Birth (Traced In Air, 2008)
#10 Opeth - Lotus Eater (Watershed, 2008)

Para quem não ouviu o programa ou os álbuns em questão, aqui fica o link para ouvirem este belíssimo programa.

Programa #37

Saltou-se uma playlist (entretanto perdida/esquecida) e traz-se de uma assentada só, uma playlist nova e um programa bem fresquinho. Para quem deixou passar, foi este o desfile de estrelas durante o fim-de-semana:

#1 Crowbar - I Am Forever (Broken Glass, 1993)
#2 Disfear - The Furnace (Live The Storm, 2008)
#3 Jex Thoth - Separated At Birth (Jex Thoth, 2008)
#4 Psycopathology Orchestra - Psycopathology Orchestra (Valses de l'orchestre psychiatrique de Dijon, 2003)
#5 Psycopathology Orchestra - Living Death (Valses de l'orchestre psychiatrique de Dijon, 2003)
#6 Don Caballero - Pour You Into The Rug (Punkgasm, 2008)
#7 3 - My Divided Falling (The End As Begun, 2008)
#8 Becoming The Archetype - How Great Thou Art (Dichotomy, 2008)
#9 Crystalline Darkness - Sonhos Destruídos (Melancólica Nostalgia, 2008)
#10 Beneath The Massacre - The Wasteland (Dystopia, 2008)

E o link, para quem quiser ouvir ou re-ouvir este belíssimo programa. Para a semana estarei de volta, com mais um programa de peso.

Espécie de comunicado esclarecedor

Muitos de vocês perguntar-se-ão porque não tenho actualizado o blog, nem com simples playlists, porque os programas se têm repetido por vezes, porque isto ou aquilo... Bem, o que se passa é que vida de Erasmus dá cabo de mim e tira-me muito tempo, infelizmente mais do que o que queria. Isso aliado a vários problemas técnicos e logísticos, também não ajudam a que o programa e o blogue evoluam e avancem.

Felizmente, estas más notícias são por pouco tempo, uma vez que a partir da próxima semana e até uma (ainda) intedeterminada altura de Janeiro, tudo voltará ao normal com as merecidas férias de Natal. Os programas vão voltar mais regulares, as actualizações também e o tempo livre vai-se expandir.

Portanto contem com novidades brevemente, notícias e programas fresquinhos. Não desesperem, ainda estamos vivos!

Entrevista com Hugo (Switchtense)

Depois de algum tempo sem entrevistas - as últimas aventuras incluem material perdido pela net, textos roubados e outras coisas que tais. Felizmente nem tudo é mau, e Hugo, vocalista dos Switchtense, prestou-se a responder a algumas perguntas sobre a banda e o seu disco de estreia, Confrontation Of Souls.

Os Switchtense são já uma força maior do metal português. Depois de um EP bastante promissor e alguns problemas de line-up, eis que os Switchtense (re)nascem para o mundo, com muita força, poder e vontade.
Confrontation Of Souls é o longa duração de estreia, vai ver a luz do dia a 2 de Fevereiro do próximo ano pela Rastilho Records e promete vir a ser um dos melhores registos do ano vindouro. O Música de Peso foi falar com Hugo, o vocalista da banda.

Para ler aqui.

Sugestões de Peso #10

Pela primeira vez desde o início da rubrica eis que tenho a possibilidade, em termos de tempo, para alargar amplamente o seu âmbito e conceito. Pela primeira vez irei aconselhar revistas, sites e biografias de músicos. Um prato cheio.

Comecemos pelas revistas. A edição nº 177 da mítica Terrorizer encontra-se disponível em Portugal há uma semana. Na capa a publicação inglesa traz os noruegueses Satyricon, apresentando ainda destaques com os Cynic, Gojira, Bloodbath, Cradle of Filth, Unearth, Criple Bastards, Misery e Vírus/Aura Noir.

Igualmente incluídas estão as secções que fazem toda a diferença e ajudam a Terrorizer a ser uma revista que é: “Tour Report”, com os Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema; “Label Profile”, apresentando um especial comemorativo do 20º aniversário da Rise Above; “Hard of Hearing”, com os Unleashed e Vreid; “Bar-Barian Wrath”, incluindo os Down; “Strudio Report”, com os Napalm Death; e “Blast From the Past”, que aborda Take As Needed For Pain, dos EyeHateGod. As secções de notícias e críticas são igualmente motivo de interesse, não esquecendo o inevitável CD-sampler gratuito Fear Candy, que neste seu número 61 inclui 18 temas completos de bandas como Six Feet Under, Satyricon ou Cradle of Filth. Um must.

Por outro lado, a brasileira Rock Brigade, que já ultrapassou as duas décadas de existência e é, seguramente, uma das mais influentes revistaa de Metal na América do Sul, traz na capa da sua mais recente edição, a nº 59, os Cavalera Conspiracy, o tão aguardado projecto dos irmãos Max e Igor Cavalera (ex-Sepultura), que se materializou em disco na primeira metade deste ano.

Soulfly, Testament, Queensrÿche, Headhunter, Deicide, Hate Eternal, Circle II Circle e Nitrominds são outros destaques nesta edição. Igualmente incluída está uma antevisão do novo álbum dos Sepultura, a reportagem do festival Sweden Rock e as habituais secções de notícias e críticas. A revista pode ser adquirida através da RB Net Store da revista (em www.rockbrigade.com.br) através de cartão de crédito ou depósito bancário.

Quanto aos livros apresento-vos esta quinzena Bruce Dickinson: Flashing Metal with "Maiden" and Flying Solo, a incrível biografia do mítico vocalista dos Iron Maiden, cuja carreira musical abrange ainda os Samson, uma das primeiras bandas da New Wave Of British Heavy Metal (NWoBHM) e uma bem sucedida carreira a solo. Mas a contagiante energia do músico, a par da sua enorme cultura, inteligência e capacidades confere-lhe uma visibilidade que ultrapassa em muito os palcos – na rádio, o pequeno grande homem leva a cabo, há anos, um programa de autor na rádio digital BBC 6Music. Na literatura distingue-se já como autor de best-sellers de ficção e de História, tendo igualmente apresentado programas nos canais televisivos Discovery Channel e Sky One.

Além disso, já alcançou os lugares cimeiros em importantes campeonatos de esgrima e é actualmente comandante da companhia área comercial Astreus, num de cujos aviões se fez deslocar com toda a banda na mais recente digressão, que aterrou em Lisboa para o Super Bock Super Rock. Portanto, este fantástico livro descreve a apaixonante personalidade e capacidade de trabalho do homem que nunca pára através uma cuidada biografia e de entrevistas exclusivas que percorrem toda a sua carreira nas diversas vertentes. Indispensável para os verdadeiros fãs.

Finalmente, os sites, em forma de enciclopédias online. A primeira, Encyclopaedia Metallum: The Metal Archives (www.metal-archives.com), apresenta mais de 64 mil entradas acerca de bandas de todo o Mundo, dispondo de um motor de busca por palavra-chave, letra, país, banda e género musical. Este magnífico site oferece ainda uma secção de notícias, chatrooms e um participadíssimo fórum. Um recurso a não perder.

Por outro lado, a GoC: Folk Metal Encyclopedia (www.truemetal.org/metalmagick/index2.htm), é especializada em Folk Metal, abrangendo as subcategorias de Viking, Celtic, Anglo-Saxon, Pagan e Hellenic Metal. Alfabeticamente organizada, ainda só contém 80 bandas mas afigura-se um site de referência para os fãs do género. Links vários e um guestbook são outros recursos disponíveis.

Texto: Dico

Programa #34 e #35

São dois os programas que aqui apresento esta semana, depois de não ter postado aqui nem a playlist nem o link para o programa da semana passada. Peço desculpa pelo lapso e espero que a vontade de ouvirem o Música de Peso seja agora a dobrar. Dois programas de elevadíssima qualidade e recheados de novidades, só para vocês.

Programa #34 - Playlist

#1 Nocturnus - Standing In Blood (The Key, 1990)
#2 Caina - Ten Went Up River (Temporary Antennae, 2008)
#3 Candlemass - Elephant Star (From the 13th Sun, 1999)
#4 Nephenzy Chaos Order - Thou Who Parts Flesh (Pure BlackDisease, 2003)
#5 Lotus Porcus - Bacalhau Personalizado (Demos 2008)
#6 Neuropathia - Satan Owns Your Stereo (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#7 Neuropathia - High On Nicotine (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#8 Neuropathia - Unpleasant Mournings (Satan Owns Your Stereo, 2008)
#9 Supercontinent - Cataclysms (Vaalbara, 2008)
#10 Ephel Duath - Labyrinthine [Crimson] (The Painter's Pallete, 2003)
#11 Sleep - Jerusalem (Pt5) (Jerusalem, 1999)

Programa #35 - Playlist

#1 The Firstborn - The Noble Search (The Noble Search, 2008)
#2 Enslaved - The Watcher (Vertebrae, 2008)
#3 Deathspell Omega - Bread Bitterness (Fas-Ite, Maledicti, In Ignem Aeternum, 2007)
#4 Dead Child - Never Bet The Devil Your Head (Attack, 2008)
#5 Dead Child - Rattlesnake Chalice (Attack, 2008)
#6 King Hobo - Moonshine (King Hobo, 2008)
#7 Skepticism - The Curtain (Alloy, 2008)
#8 We Were Wolves - Howlin' Blues (Demos, 2003)
#9 Age Of Silence - The Concept Of Haste (Acceleration, 2004)

Para descarregar, é só clicar no programa que desejam ouvir.

Todos os sábados e domingos convosco.

Roadburn 2009 - 23 a 26 de Abril. Quem vem comigo?

Ando muito seriamente a pensar em ir. Cada vez que abro a página do festival dá-me uma arritmia. É dos melhores no que toca à relação qualidade/quantidade. Vejam lá: Neurosis, Six Organs Of Admittance, Saint Vitus, Wolves In Throne Room, Cathedral, Colour Haze... É só escolher.

99€ para todos os dias (sem acampamento). Quem vem comigo?

Behold...The Arctopus + Genghis Tron

Já faz uma semana que aconteceu este concerto, já devia ter escrito qualquer coisa. Perdoem-me o atraso, mas Espanha + Erasmus + Aulas trocam-me.

O concerto começou com um ligeiro atraso, na sala fantástica que é a La Boite (ao que me disseram, um modelo à escala do Scala de Londres). Os primeiros a subir ao palco foi o trio americano Behold...The Arctopus. O concerto foi impecável, exímio, abismal. São daqueles exemplos em que ver ao vivo é muito melhor e dinâmico que ouvir num disco em casa. Cada um dos membros domina com mestria o seu instrumento - vénias a Colin Marston e a sua Warr de doze cordas, que funciona como baixo e guitarra ao mesmo tempo. Depois de cerca de 50 minutos potentíssimos em que a voz não fez falta, o público estava tão entusiasmado que exigiu um encore. E a banda, também conhecida como We Need A Drummer, regressou ao palco para fazerem...um solo de bateria. Impecável primeira parte, que deixou o público a salivar e a desejar por mais. Que voltem rapidamente à Europa e desta vez a solo.

Pouco depois entraram em palco os Genghis Tron. É estranho pensar que uma banda de grindcore/hardcore baseia o seu som numa guitarra e em três sintetizadores + protools. Os norte-americanos começaram a abrir com um tema do recentíssimo "Board Up The House", mas cedo se percebeu que a banda - principalmente Mookie Singerman (voz) - não estavam em grande forma (ou talvez com pouca vontade de tocar?). Ainda assim, a coisa compôs-se à segunda ou terceira música e o concerto seguiu-se sem problemas de maior. Ainda assim, tenho que admitir que ficou aquém das minhas expectativas: pouca comunicação, empenho a menos e uma voz fraquinha por vezes. Se os Behold me surpreenderam ao vivo e prefiro vê-los ao vivo, já os Genghis Tron vou continuar a preferir ouvi-los em disco. O público também deve ter sentido o mesmo, uma vez que mal o concerto acabou não se entusiasmaram a pedir encore como haviam feito com os Behold. Mas a bancada de merch deles era muito boa e comprei uma bela t-shirt, com um design impecável.

No fundo, valeu a pena, principalmente pela excelente primeira parte. E, apesar de tudo, ver duas das bandas que continuo a considerar das mais inovadoras no metal, faz-me sentir recompensado.

Amanhã em Madrid

Acontece um grande, enormíssimo concerto. Uma das bandas mais inovadoras num género que ameaça estagnar - o grindcore - e uma das fusões entre jazz e metal mais bem conseguidas nos últimos dez anos.

Genghis Tron (com Board Up The House editado este ano) e Behold... The Arctopus (com Skullgrid editado no ano passado, mas ainda na bagagem), são as bandas que sobem ao palco da La Boite por volta das 21.30 de amanhã. Grande concerto em perspectiva. E eu vou lá estar!

Sugestões de Peso #9

De volta à normalidade, as Sugestões de Peso traduzem-se esta quinzena num Especial Livros, já que é sobre este formato que iremos incidir exclusivamente.

Parece que é desta: o eternamente aguardado e pornograficamente dispendioso Chinese Democracy, da Axl Rose Band…desculpem, dos Guns N’ Roses, chega às lojas a 23 deste mês. A notícia justifica, portanto, a inclusão de nada menos do que dois livros sobre o grupo de «Welcome to the Jungle» nesta rubrica.
Watch You Bleed: The Saga Guns N’ Roses, de Stephen Davis, documenta a história de um dos grupos mais famosos do Sunset Strip nos últimos 20 anos, com especial incidência na biografia de Rose. Na infância, a custódia do futuro vocalista seria retirada ao seu violento pai, tendo o rapaz, então conhecido pelo nome de baptismo, Bill Bailey, crescido numa casa profundamente religiosa de Indiana. Porém, os maus tratos continuaram - o padrasto batia-lhe sempre que Axl tocava canções dos Led Zeppelin ao piano. O rapaz abandona o liceu e, em fuga da polícia, chega a Los Angeles, em meio às batalhas de gangues. As biografias dos restantes membros do grupo são igualmente abordadas, em especial de Slash, um miúdo das ruas de Hollywood cuja mãe tivera uma relação com David Bowie.

A formação do grupo e a força que desde cedo o caracterizou, apesar das acusações de violação, consumo de drogas e outras formas de conduta anti-social, representa, como expectável, uma das mais interessantes partes do livro. Sem deixar pormenores ao acaso, o autor mergulha ainda na imensa estrada que Rose percorreu durante o absurdamente longo processo de composição/gravação de Chinese Democracy, não esquecendo o caminho de Slash, Duff McAgan e Matt Sorum nos Velvet Revolver. Um livro espantoso, que revela a verdadeira história do grupo, desde os clubes de Rock do Sunset Strip para os estádios do Mundo.

Por outro lado, Guns N' Roses Encyclopaedia é um compêndio pormenorizado, em que Mick O’Shea abrange todos os aspectos e épocas da história da banda. Nos vários capítulos encontramos informação variada sobre elementos antigos e actuais, canções, álbuns, discos piratas, concertos, festivais, eventos, amigos, inimigos e das relações com outras bandas.

Ilustrada por centenas de fotos, capas de discos, recortes e outros artefactos, a obra complementa Watch You Bleed, dando aos fãs um motivo extra para a ler. Apesar de 14 anos de silêncio discográfico e de apenas Rose se manter da formação original, uma coisa parece garantida: a dedicação dos fãs à banda revitalizou-se, como a euforia gerada em torno do lançamento de Chinese Democracy prova.

Raiz musical de milhões de fãs por todo o mundo, a New Wave of British Heavy Metal (NWoBHM), criada no final dos anos 70, gerou algumas das mais famosas bandas e álbuns na história da música em geral e do Metal em particular. The New Wave of British Heavy Metal Encyclopedia, de Malc Mcmillan, documenta precisamente a influência exercida em todo um género, que na última década se revitalizou.

Nesta obra os fãs irão descobrir onde e como tudo começou, bem como porque só alguns nomes sobreviveram. As entradas individuais abrangem desde os líderes incontestados do movimento (Iron Maiden, Saxon, Def Leppard) até obscuros grupos rapidamente esquecidos como Stormqueen ou Masterstroke. Em todos os casos são apresentadas discografias que constituem guias especialmente atractivos para os coleccionadores. Rico em ilustrações, de onde se destacam várias fotos inéditas, reproduções de capas de álbuns e material de concertos, o livro inclui ainda importantes contribuições de músicos-chave do movimento mais glorificado pelos verdadeiros fãs de Metal. História pura, num volume essencial para leigos e conhecedores.

Da Old School vamos directos para a New School, vertente Nu Metal, que, apesar de morta e enterrada, marcou a segunda metade dos anos 90 e parte da presente década na música extrema. Nu-Metal: The Next Generation of Rock and Punk lança um olhar alfabeticamente organizado (ou não fosse este livro também uma enciclopédia) sobre um subgénero inusitadamente odiado.

No total, inclui mais de 100 grupos inseridos no Rap Rock, Rap Metal, Funk Metal, Punk/Hardcore ou Metal Industrial. Dos Limp Bizkit, Korn, Slipknot, Deftones, Papa Roach ou Linkin Park, passando pelos Marilyn Manson, Soulfly, Tool, Amen, At the Drive-In e System of a Down, até aos pioneiros do género - Primus, Faith No More, Rage Against the Machine ou Biohazard –, nenhuma banda importante é esquecida. De facto, o contributo dos One Minute Silence, A Perfect Circle, Coal Chamber, Orgy, Alien Ant Farm, Godsmack e Videodrome para o género é recompensado nesta obra de Joel McIver, que mergulha o leitor nas raízes profundas do Nu Metal. Amem-no ou odeiem-no, ele já cá esteve e marcou o Som Eterno de forma indelével.

Texto: Dico

Programa #33

Em tempos de capicua, um especial recheado com clássicos da história do death-metal, um género para o qual o mundo não estava preparado - por isso também a má qualidade sonora do programa, fiel às captações da altura.
Infelizmente não couberam todas as bandas ou músicas que gostaria, por isso tive que optar por umas em vez de outras. Acham que devia ter incluído alguma que não as que passaram? Digam de vossa justiça.

#1 Mr. Bungle - Raping Your Mind (The Raging Wrath Of The Easter Bunny, 1986)
#2 Possessed - Holy Hell (Seven Churches, 1985)
#3 Obituary - Bloodsoaked (Slowly We Roat, 1989)
#4 Morbid Angel - Evil Spells (Altars Of Madness, 1989)
#5 Morbid Angel - Vengeance Is Mine (Covenant, 1993)
#6 Nihilist - Abnormally Deceased (Demos, 1986)
#7 Darkthrone - Accumulation Of Generalization (Soulside Journey, 1991)
#8 Maceration - Transmogrified (A Serenade Of Agony, 1992)
#9 Carcass - Malignant Defecation (Reek Of Putrefaction, 1988)
#10 Carcass - Excoriating Abdominal Emanation (Symphonies Of Sickness, 1989)
#11 Massacre - Succubus (From Beyond, 1991)

O link fica, gratuita e generosamente, aqui para todos aqueles que quiserem ouvir ou re-ouvir um excelente programa.
Já sabem, todos os sábados na Douro FM (91.4) e domingos na Rádio Zero.

"Yes we can!"

E eis que o Mundo mudou. Sinto-me um expert em política depois de ter acompanhado a par e passo (e crepes com Nutella) as eleições americanas. Sinto que se escreveu história e que faço parte dela.

O Obama consegue, nós conseguimos. O mundo mudou.

Aquele que uma vez teve um sonho, já não está vivo para o ver realizado. Mas agora parecemos determinados em ajudar a cumpri-lo.

Programa #32

Este fim-de-semana, a Rádio Zero e a Douro FM foram o éter de mais um fabuloso programa. A playlist e o link para o programa (tardiamente publicados, devido a uma semana passada em Barcelona) são os seguintes:

#1 Slipknot - Do Nothing - Bitchslap (Mate.Feed.Kill.Repeat., 1996)
#2 Lykathea Aflame - Become Shelter And Salvation (Elvenefris, 2000)
#3 Misfits - Teenagers From Mars (The Static Age, 1997)
#4 Misfits - Angelfuck (The Static Age, 1997)
#5 Misfits - Hollywood Babylon (The Static Age, 1997)
#6 Vuvr - Back In Myself (Pilgrimage, 2001)
#7 Painstruck - A Bullet For Each Other (Hell's Wrath, God's Fury, 2008)
#8 Theyweregunshots - Unlimited Men On Battlefield (I Need You To Warm Me, You Need Us To Burn EP, 2008)
#9 Koltum - Track 3 (The Story Of Death EP, 2008)
#10 Paradise Lost - Shattered (Gothic, 1991)
#11 Paradise Lost - Ash & Debris (In Requiem, 2007)
#12 !T.O.O.H.! - Kali (Rád a Trest, 2005)

O link segue aqui, com votos de regresso no próximo fim-de-semana em peso!

Douro FM (91.4) aos sábados e Rádio Zero aos domingos.

Gondomar Winter Fest 2008: 26 e 27 de Dezembro

A edição deste ano do Gondomar Winter Fest marca o regresso ao Porto dos ThanatoSchizO ao fim de seis anos e meio, em promoção do seu novo álbum "Zoom Code", fecharão o dia 26. O festival inclui também bandas como Echidna, a promover "Insidious Awakening", considerado um dos melhores álbuns de metal nacional em 2008. De destacar a presença de Kandia, uma das bandas revelação deste ano com a edição de "Light", o seu EP de estreia. Fazem ainda parte do cartaz as seguintes bandas: Budhi, Secrecy, Slow Motion Beer Walk, Falling Eden e Solid Spectrum.
Este ano a logística do recinto será completamente renovada pela organização e o mesmo ainda irá possuir uma instalação multimédia, muitas ofertas, e muita música com sessão Dj's após os concertos e muito muito mais!

Fica aqui o cartaz completo:

Dia 26:

Dia 27:


Preço dos Bilhetes:

Bilhete/Dia: 5€
Passe Festival: 8€ (Pré venda - mais info at mysapce)

Para mais info e para ouvirem as bandas que irão marcar presença no festival visitem: http://www.myspace.com/gondomarwinterfest

Outra Info:
Fino: 0,80€ Mini: 0,60€ Brancas: 3€. E como não pode faltar, iremos ter as habituais bifanas, cachorros e hamburgers para matar a fome.

A edição do ano passado contou com bandas como Oblique Rain, My Eyes Inside, Chemical Wire, DropD, etc… e o recinto registou mais de 250 pessoas nos 2 dias de festival.

Qualquer dúvida não exitem em contactar-nos através do nosso e-mail: gondomarwinterfest@portugalmail.com

Sabiam que...?

As artes estão ordenadas da seguinte forma:

1ª arte - Música

2ª arte - Pintura

3ª arte - Escultura
4ª arte - Arquitectura

5ª arte - Literatura

6ª arte - Coreografia

7ª arte - Cinema



E depois ainda há as que toda a gente discute e não se chega a um consenso:

8ª arte - Fotografia
9ª arte - Banda-desenhada

Quanto a mim, a culinária devia ser a 10ª arte. E vocês, o que acham?



Pérola da Semana: Wicked Wisdom - Something Inside Of Me

Travei conhecimento com esta banda através do fórum dos Opeth, onde se discutia o facto de o actor Will Smith gostar ou não da banda. Entretanto e infelizmente, alguém postou o vídeo dos Wicked Wisdom, a banda de...Jada Pinkett Smith, mulher de Will Smith.
Se realmente ele gostar de Opeth, não foi por causa da banda da mulher que começou a ouvir mais metal.


Programa #31

Finalmente uma playlist e mais um link para quem não ouviu mais um belíssimo programa, recheado de novidades. Aqui fica, para os mais despistados ou para aqueles que querem recordar uma hora de peso.

#1 Thorr's Hammer - Troll (Dommedagsnatt EP, 1996)
#2 Penitência - Ária da Desolação (Black Throne of Disease split, 2006)
#3 Darkthrone - Hanging Out In Haiger (Dark Thrones and Black Flags, 2008)
#4 Gojira - Adoration For None (The Way Of All Flesh, 2008)
#5 AC/DC - Smash 'n' Grab (Black Ice, 2008)
#6 AC/DC - Spoilin' For A Fight (Black Ice, 2008)
#7 Heavenwood - 13th Moon (Redemption, 2008)
#8 The Abominable Iron Sloth - A Hot Pink Shell Of My Former Self (The Abominable Iron Sloth, 2006)
#9 Theyweregunshots - Eye For An Elefant (I Need You To Warm Me, You Need Us To Burn EP, 2008)

Para a semana há mais, muito mais. Sábados e domingos, sempre convosco.

Sugestões de Peso #8

Ainda em formato mini, mas sempre com a mesma vontade e paixão, aqui vos apresento mais uma rubrica Sugestões de Peso, com um livro e um DVD em destaque.

Metal, Rock, and Jazz: Perception and the Phenomenology of Musical Experience, ambicioso estudo académico de Harris M. Berger, analisa quatro diferentes cenas musicais do estado norte-americano do Ohio entre 1992 e 1993: o Hard Rock e o Jazz Afro-americano em Cleveland, por um lado; e o Death Metal e o Jazz Euro-americano em Akron, mostrando como os executantes se relacionavam com o universo sonoro na criação de experiências musicais inovadoras.

Mas, ao contrário da perspectiva meramente académica da maioria dos estudos anglo-saxónicos sobre música, esta obra baseia-se num intenso trabalho empírico, baseado na observação participante, de que resultaram inúmeras entrevistas em profundidade. As descrições pormenorizadas do quotidiano dos bares de Metal e dos clubes de Jazz então existentes naquelas localidades certamente apaixonarão, também, os leitores.

Destaque para as entrevistas com Tim "Ripper" Owens, na época em início de carreira e mais tarde vocalista de bandas como Iced Earth e Judas Priest, que, a par de outros executantes, partilha algumas das suas mais importantes experiências enquanto músico, simultaneamente desafiando as noções tradicionais de harmonia e estrutura musical. Recorrendo a conceitos teórico-práticos, Berger mostra a percepção musical como algo intrínseco à sociedade, residindo nesta concepção um dos principais motivos de interesse da obra, incontornável dos pontos de vista artístico, social e lúdico.

Quanto ao DVD, apresento-vos esta quinzena Heavy Metal – Louder Than Life, um magnífico documentário sobre a história do Som Eterno que aborda os vários aspectos relacionados com o género – a música, os executantes, o visual, as letras, a componente social, etc.
Recorrendo a entrevistas com lendas vivas como James Hetfield (Metallica), Ronnie James Dio (Dio), Rob Halford (Judas Priest), Dee Snider (Twisted Sister), Scoot Ian (Anthrax) ou Jonathan Davis (Korn), o documentário inclui ainda uma perspectiva muito própria do universo do Metal elaborada por Dee Snider, uma cronologia do estilo desde os anos 60 até à actualidade e um guia de álbuns essenciais na história do Metal. Só não se compreende a omissão de bandas europeias dos anos 90 e 00. De qualquer forma, um documentário essencial.

Texto: Dico

Mais um artigo, desta vez sobre a fusão de estilos

A net é um espaço profícuo em encontrar artigos de opinião ou mesmo históricos de certa forma. Este leva-nos desde o rock-progressivo (e o seu heyday!), até aos campos mais experimentais e fusões mais inusitadas.

Cliquem aqui.

Dois artigos

Em voltinhas pela net na passada semana de enfermidade, dei de caras com dois excelentes artigos. O primeiro dá-nos uma perspectiva muito interessante do black-metal actual (também chamada de Third Wave) e o segundo fala da importância e do futuro do jornalismo e crítica musical.

Podem ser consultados clicando nos seguintes links:
1 Black-metal
2 Futuro do jornalismo musical

Por Espanha ouve-se...

Uma playlist nesta minha terceira semana espanhola, com muitas e boas recomendações:

#1 Primordial - The Gathering Wilderness
#2 Primordial - Spirit The Earth Flame
#3 Runhild Gammelsaeter - Amplicon
#4 Thorr's Hammer - Dommedagsnat
#5 King Hobo - King Hobo
#6 Fall Of Efrafa - Owsla
#7 AC/DC - Black Ice
#8 Antony and the Johnsons - Another World EP

Música de Peso

O blogue tem andado mais parado do que eu queria. Bem como as emissões também o andam, infelizmente.
Esta semana que passou estive doente: não tinha voz, não tinha cabeça e quase não tinha ouvidos para fazer uma emissão decente e que me agradasse quer a vós, quer a mim. Felizmente esta semana estou totalmente recuperado e depois de ter - muito cuidadosamente - aproveitado um fim-de-semana Erasmus, esta semana irei voltar às emissões caseiras.

Muita brutalidade, muita música e algumas novidades vos esperam no próximo fim-de-semana. Sábados, 15H-16H: Douro FM 91.4 Domingos, 18H-19H: Rádio Zero

Programa #28

A playlist desta semana também ainda não apareceu é verdade, mas fica aqui o link e adianto-vos que se ouvirem, vão ter música nova de Bloodbath, Cynic, Genghis Tron entre muitos outros.

Aqui está o link para o download do programa (a qualidade de som não é a melhor, mas as gravações caseiras não correram muito bem. Na próxima semana estará tudo óptimo, creio eu).

Stay tuned, keep rock and rolling.
Sábados, das 15H às 16H na Douro FM e domingos, das 18H às 19H na Rádio Zero.

Sugestões de Peso #7

Estiveram ausentes... Uma ausência motivada por falta de tempo, questões logísticas, e outra vez falta de tempo. Mas agora estão de volta, as Sugestões de Peso, escritas por Dico.

Após uma breve ausência motivada pela falta daquele bem precioso – tempo! -, cá estão de regresso as Sugestões de Peso, apesar de, nesta quinzena, em formato reduzido. Imaginem porquê? Exactamente. Falta de…tempo! Na próxima quinzena tudo voltará à normalidade. Mas vamos ao que interessa, sem perdermos mais…tempo!

Jornalista, editor e escritor, o norte-americano Joel Mciver (http://www.joelmciver.co.uk/) assina uma vasta bibliografia de livros sobre música, cujo número ascende já a 12. Desde o Punk Rock à Soul, passando pelo Rap e o Funk, até ao Metal e ao Rock, o autor abrange campos diversos igualmente no que se refere aos conteúdos, redigindo biografias, enciclopédias e making ofs. Neste caso, interessa-nos abordar os dois volumes da enciclopédia Extreme Metal, que fornecem ao leitor uma ampla visão do passado, presente e futuro do Metal extremo. Dos primórdios do Black Metal com os Venom, Bathory e Mercyful Fate e da génese do Thrash Metal com os Metallica, Slayer ou Anthrax, passando pelo Death Metal, Grindcore, Doom Metal, Gothic Metal, Hardcore, Crossover, Power Metal americano e Nu Metal, a dupla obra apresenta biografias mais ou menos extensas, curiosidades, discografias seleccionadas, fotos e capas de álbuns. Recursos online, listas de bandas não incluídas e bibliografia são outras informações relevantes destas enciclopédias que os verdadeiros fãs de Metal irão certamente ler com avidez e ficar a saber mais, muito mais, sobre o género musical que os apaixona. Só não se entende a inclusão de bandas como Stratovarius, Running Wild ou Queens of the Stone Age numa obra sobre Metal extremo. O autor terá, certamente, as suas razões para o fazer.

Finalmente, Get Thrashed – The Story of Thrash Metal (http://www.getthrashed.com/), documentário já estreado em vários festivais de cinema, especialmente alternativo e underground. Este é, possivelmente, o registo vídeo mais completo sobre a história de um género que marcou os anos 80 de uma forma sem igual e que deu à música extrema algumas das bandas e álbuns mais importantes de sempre. Get Thrashed aborda a ascensão, a queda e o impacto social do Thrash Metal desde a sua génese até à influência exercida no Grunge, Nu Metal e no Metal contemporâneo. Dezenas de entrevistas com músicos das mais importantes bandas do género tornam este documentário um item de consumo obrigatório para os fãs que se prezem. Mais informações em http://www.myspace.com/getthrashed.

Texto: Dico

Steven Wilson - Get All You Deserve

Preview do primeiro álbum a solo da genial mente por trás dos Porcupine Tree. O projecto intitula-se Insurgentes.

O vídeo é uma montagem da autoria do realizador Lasse Hoile e a música chama-se "Get All You Deserve".


Runhild Gammelsaeter

Esta senhora é a melhor vocalista de doom/death que eu já ouvi. Mas melhor que muitos que se dizem homens e capacitados.

O nome pode parecer estranho e provavelmente desconhecido, mas esta senhora nascida tem já uns aninhos de carreira. A sua primeira banda, de que há registo, foram os Thorr's Hammer; a fazer-lhe companhia estavam o genial Stephen O'Malley (Sunn O))), Khanate, e muitos outros) e Greg Anderson (também Sunn O)))). Runhild é uma vocalista bastante low-profile, por opção própria, uma vez que já admitiu por várias vezes que "nunca foi um objectivo para mim vender muitos discos e fazer dinheiro".

Nos Thorr's Hammer o seu registo vocal é sufocante, sofrido, arrastado e lento, como se pede a uma banda de doom - por vezes a lembrar Dan Swanö nos Pan-Thy-Monium. Mas com um toque único. Depois de apenas um EP lançado com os Thorr's Hammer - Dommedagsnatt (Sannhet i Blodet) de seu nome, editado já após a extinção da banda -, Runhild esteve algum tempo sem gravar. Em 2004 junta-se a James Plotkin e Tim Wyskida para fundar os Khlyst e lançar, em 2006, o único registo da banda: Chaos Is My Name. Com este novo projecto, a voz de Runhild molda-se a um registo mais experimental, abandonando o gutural profundo que usava nos Thorr's Hammer, para passar a usar um berro mais agudo e distorcido. E é com este registo vocal que lança em 2008, em nome próprio, o álbum Amplicon.

Em termos de registos ao vivo, os Khlyst só deram um único concerto, mas que está gravado no dvd Chaos Live DVD, uma excelente compra para os verdadeiros apreciadores de drone ou curiosos em ver esta grande senhora actuar ao vivo.


O primeiro death-grunt

É difícil dizer quem criou efectivamente o death-grunt. Muitos defendem que foi Tom G. Warrior, outros falam de Martin Van Drunen ou inevitavelmente de Jeff Becerra. Mas ninguém se lembra deste senhor, Jalacy J. Hawkins, também conhecido como Screaming Jay Hawkins.

Hawkins nasceu em Cleveland, a 18 de Julho de 1929 e morreu em Paris a 12 de Fevereiro de 2000. Inspirado na imagética e todo o universo lírico e também sonoro da magia negra africana, Hawkins era uma daquelas vozes enfeitiçadas e capaz de enfeitiçar, de uma forma única. Começou com "I Put A Spell On You" (1958) e só parou quando a morte chegou, com "Have I Got Blues For You" (2000).
Hawkins foi um daqueles artistas que marcou a diferença desde o início, precisamente com "I Put A Spell On You". É nesse álbum - e mais especificamente em alguns sons que Hawkins produzia com a sua garganta - que terá surgido a maior fonte de inspiração para o death-grunt, ou pelo menos para um grunt mais primitivo.

Hawkins viveu certamente à parte de toda esta teoria, mas ainda assim há que lhe atribuir o mérito de abrir novas portas e novos horizontes vocais. E há que lhe dar o mérito de escrever músicas tão boas como "I Put A Spell On You" (no vídeo) ou "Portrait Of A Men", só para citar duas. É uma voz essencial e inesquecível. Única, como só ele era capaz.

"I'd come out in a Scottish kilt, and I'd have these two small Carnation milk cans hanging off my chest, like tits. I sang 'Mama He Treats Your Daughter Mean' and the cans would be jiggling all over the place. Ruth Brown came to see me. She said, 'This is the only bitch who can sing my song better than me.'"


Programa #27 - especial power-ballads (Parte II)

Chegou com atraso de uma semana este especialíssimo do Música de Peso. Mas chegou e era o que todos queríamos. A playlist, para já, ainda não está elaborada, mas o programa já se pode ouvir. O download pode ser feito aqui, no link salvador.


Fim-de-semana sem programa

Este fim-de-semana, o Música de Peso nao irá para o ar, nem na Zero, nem na Douro FM.

Na Zero, o motivo prende-se com o facto de a Rádio ir cobrir o festival de art-radio, RadiaLX, levando a uma total suspensao da grelha entre os dias 20 e 29 de Setembro. Na Douro FM o motivo tem simplesmente a ver com a minha mudança para Getafe o que me tirou todas as hipóteses de gravar - quer na rádio, quer em casa.

A partir da próxima semana, tudo estará normalizado.

Berço Fest 2008

No próximo fim-de-semana realiza-se em Guimarães a primeira edição do Berço Fest. Este festival conta com vários valores nacionais, como os Gwydion, Seven Stitches, Switchtense ou ThanatoSchizo e com os britânicos Ravenage. A entrada para o certame é de apenas 10€.


Programas em atraso - download

Enquanto não posso ir a Lisboa fazer podcasts (ou enquanto não suborno alguém para os fazer por mim), aqui ficam os links para fazerem download de alguns programas:

Programa #20 - playlist
Programa #22 - playlist
Programa #23 - playlist
Programa #24 - (sem playlist disponível)
Programa #25 - (sem playlist disponível)

O Caos Emergente começou hoje!

Infelizmente o Caos Emergente perdeu um dos seus maiores atractivos: os irlandeses Primordial não vão estar presentes - devido ao estado de saúde do seu baterista - deixando assim alguns fãs de água na boca, uma vez que era um dos regressos mais esperados deste ano. Mas ainda há Nile, Onslaught, Skyclad, Belphegor, Grave e muitos, muitos outros.

Sexta 12 Setembro | Friday 12th September
[Inicio / Start: 17H]

TARANTULA [pt]
BIZARRA LOCOMOTIVA [pt]
HORNA [fi]
SKYCLAD [uk]
BIOMECHANICAL [uk]
PUTREFY [uk]
OBLIQUE RAIN [pt]
ANGRIFF [pt]
B.I.V.L. [fr]
ENCEPHALON [pt]
DAEMOGORGON [pt]

Sábado 13 Setembro | Saturday 13th September
[Inicio / Start: 16H]

BUKKAKE RIOT [jp]
PRIMORDIAL [ir]
NILE [us]
GRAVE [se]
BELPHEGOR [at]
SUBCAOS [pt]
GROG [pt]
DEMON DAGGER [pt]
LUX FERRE [pt]
BETWEEN THE FROST [es]
CONFRONT HATE [pt]

Domingo 14 Setembro | Sunday 14th September
[Inicio / Start: 14H]

ROOT [cz]
DISCHARGE [uk]
ONSLAUGTH [uk]
NASHGUL [es]
THE FIRSTBORN [pt]
DESIRE [pt]
PAINSTRUCK [pt]
TESSERACT [uk]
MOONFOG [sk]
MOLESTIA [pt]
SQUARE [pt]

Compilação de stoner-rock disponível para download gratuito

Já está disponível para download gratuito o 8º volume da compilação de stoner-rock da autoria do site stonerrock.org.

Com dois discos e 24 músicas de bandas de todo o mundo no total, esta colectânea chama ainda mais a atenção pela presença de uma banda portuguesa: os Black Bombaim, de Barcelos, com o tema 68' Camaro.



Um cheirinho do programa que aí vem...

...e um personal favorite. Peço desculpa por não ser o vídeo oficial, mas não o consegui mesmo encontrar.


Entrevista de Peso com Rune Folgerø (Atrox)

Rune Folgerø é mais do que uma pessoa do Norte com um nome estranho que habita no Norte da Europa (mais exactamente na Noruega). Rune é também o responsável pelas vozes e samplagens na banda de avant-garde metal Atrox, desde que a antiga vocalista Monika Edvardsen abandonou a banda - logo após a gravação do álbum Orgasm - levando a uma mudança drástica na sonoridade da banda.
Rune Folgerø fala-nos da banda e do último álbum Binocular, do forte espírito musical que se vive na Noruega e apresenta-nos alguns valores futuros.


Para ler na íntegra no quiosque das entrevistas.

Sugestões de Peso #6

As melhores sugestões musicais, pela mão de Dico.

Prosseguindo o objectivo de oferecer aos nossos ouvintes/leitores a melhor selecção de livros, DVD’s e filmes sobre Metal, não esquecendo obviamente os CD’s (de preferência que se distingam pela originalidade) apresentamos nesta quinzena sete e-compilações nacionais para download gratuito. As primeiras cinco integram a série Círculo de Fogo, no âmbito do mítico programa radiofónico do mesmo nome, fundado e apresentado por Luís Filipe Neves.

Disponíveis para download em http://circulodefogo.inforzone.com/, os CD’s-compilação virtuais #1 Ataque, #2 Ritual, #3 Pulsar, # 4 Melomania e #5 Convergências reúnem o melhor que se faz no País em termos de música extrema, não esquecendo o Punk, o Rock, o Gothic, o Hardcore e o Rock/Metal Progressivo. Alguns importantes colectivos já extintos encontram-se igualmente representados, numa clara intenção de Neves em recuperar a memória da música pesada feita em Portugal.

De selecção musical exemplar, estas propostas destacam-se pelo empenho e profissionalismo do seu mentor. O bom gosto gráfico marca também as e-compilações Círculo de Fogo. Com efeito, as capas, contracapas e rótulos das obras são incluídas nos ficheiros compactados dos respectivos lançamentos, permitindo ao fã conferir um aspecto mais profissional às compilações, gravando-as para CD-R. O sexto volume, #6 Selvagem, encontra-se já em preparação, com lançamento aguardado para o final do ano.

Particularmente activa, a Irmandade Metálica (http://irmandademetal.17.forumer.com/) prepara já o terceiro volume das suas compilações online. Enquanto este não chega, os volumes I e II podem ser descarregados em www.megaupload.com/pt/?d=Y8L21ERI e www.megaupload.com/pt/?d=5GT6J779, respectivamente. A impressionante oferta musical, tanto em quantidade como em qualidade, prova bem o valor e dinamismo do underground metálico nacional.
Também muito completos e atractivos no que ao grafismo diz respeito (as capas, contracapas e rótulos das compilações também se encontram disponíveis nos ficheiros compactados), estes lançamentos deixam antever uma longa série de colectâneas que certamente marcarão a história do Metal português.

Quanto aos livros, proponho-vos esta quinzena Heavy Metal Islam: Rock, Resistance, and the Struggle for the Soul of Islam, de Mark Levine. Testemunho da ausência de direitos, liberdades e garantias básicas no Médio Oriente, o livro aborda as restrições a que música em geral e o Som Eterno em particular estão sujeitos nos países islâmicos. O autor entrevista músicos desde Marrocos ao Paquistão, incluindo muçulmanos, cristãos e judeus que, face à corrupção, repressão e violência a que muitos estão diariamente sujeitos, usam a música para exorcizar fantasmas, expressar opiniões e sobreviver às adversidades.

Mas o grau de independência é variável – por exemplo, enquanto os músicos e fãs israelitas não estão sujeitos a restrições (os próprios Orphaned Land são amplamente admirados pelos fãs árabes), os headbangers egípcios arriscam ser presos e torturados por usarem cabelo comprido. Certo é que, neste livro, os músicos citados lutam diariamente por reformas culturais, sociais, políticas e económicas profundas nos respectivos países. Aliás, o autor defende que, se encontrassem uma forma de cooperar com activistas religiosos progressistas e com a classe trabalhadora, estes músicos poderiam iniciar uma profunda revolução no mundo árabe. Utopia? O documentário Heavy Metal in Bagdad (www.heavymetalinbaghdad.com/), lançado em DVD e apresentado nos festivais internacionais de Toronto e Berlim mostra que a génese de algo importante estará a formar-se. Serão os iraquianos Acrassicauda, protagonistas do filme, a esperança do Metal no Médio Oriente? Fica a pergunta no ar.

Finalmente, True Norwegian Black Metal, do fotógrafo documentarista Peter Beste, que passou cinco anos a trabalhar no centro nevrálgico da cena Black Metal norueguesa. Fechada sobre si própria, apesar da notoriedade mundial que lhe conferiram os mediáticos assassínios, incêndios em igrejas, ideologias políticas extremistas e outras polémicas, esta peculiar cena exerce um enorme fascínio em muitos, inspirando a escrita de livros e reportagens, bem como a realização de filmes e documentários. Com efeito, Beste protagonizou nesta obra fotográfica uma impressionante viagem ao mais extremo e obscuro dos subgéneros de Metal, que também pode ser visualizada em www.vbs.tv/shows.php?search=True+Norwegian+Black+Metal (já sugerido anteriormente neste blog) no documentário com o mesmo nome, realizado pela VBS.TV. Duas obras essenciais para fãs e não só.

Texto: Dico

Rowan Atkinson - Invisible Drum Kit

A maior parte das pessoas conhecem-no como Mr. Bean. Mas Rowan Atkinson revela aqui um talento que talvez seja desconhecido do grande público: o de baterista. Quem sabe não figurará um dia na capa da Modern Drummer. Carisma não lhe falta.


Unnecessary Knowledge

Não tem nada a ver com música, tenho que admitir. Mas um pouco de conhecimento extra nunca fez mal a ninguém.
Para consultarem esta magnífica e completíssima colecção de inutilidades é só clicarem no seguinte link: unkno.com.

A propósito, sabiam que o australiano Graham Barker extraiu cotão do seu umbigo durante 18 anos, amontoando uma quantidade recorde? Barker espera conseguir juntar cotão do umbigo suficiente para encher uma almofada.