Metal GDL - 3ª edição

Dois dias com muito metal, cerveja, calor e gente. Foi assim...

Metal GDL, dia 1

Os God foram os primeiros a subir ao palco, privilégio ganho após o concurso de Warm-Up do festival, que venceram.
Vindo da Roménia, o vocalista Castor acaba por influenciar todo o estilo da banda: folk pagan metal, nas suas próprias palavras. Musicalmente não trouxeram nada de novo, mas foi de louvar a originalidade de cantar em três línguas: romeno, inglês e português. Surpreendente também foi toda a componente teatral aliada aos God, que se apresentaram em palco vestidos como guerreiros e com a cara pintada. Começava assim a primeira noite do Metal GDL, com um concerto que não sendo espectacular, deixou alguns acordes nos ouvidos e deu para aquecer os ânimos e deixar os ouvintes com muita sede de metal (principalmente após a cover de “Alma Mater”, original dos Moonspell).

Seguiram-se os Requiem Laus. Este colectivo do Funchal já cá anda há vários anos, mas souberam-se manter “underground” o tempo suficiente para aperfeiçoarem e definirem o seu estilo musical. Ainda assim, talvez se tenham mantido tão underground que perderam a melhor oportunidade para se revelarem e darem um passo em grande, com algo novo e sólido. Infelizmente, acabaram por soar datados e por vezes aborrecido. Em foco estava o recém-editado “Eternal Plague”, que apesar de tudo, só vem mostrar que o metal está bem vivo na Madeira.

Foi após Requiem Laus que subiu ao palco aquela que foi, para mim, a surpresa do festival. Chamam-se Concealment, são de Sintra e apesar de já andarem por aí desde 1995, só o ano passado é que lançaram o seu LP de estreia, "Leak". E que estreia! Da altura da sua formação, trouxeram as influências e os ambientes de bandas como Cynic e Death e juntaram-lhe um pouco de metalcore. Foram 45 minutos de uma execução técnica irrepreensível e sem falhas. E a voz fazia, por vezes, lembrar Chuck Schuldiner. Aguarda-se o novo álbum, que segundo a banda será editado já em 2009.

Corpus Christii, senhores do melhor black-metal que por cá se faz, foram os seguintes. Nem o facto de estarem a actuar com um baixista de sessão os impediu de dar um concerto muito forte e muito intenso e que mostrou que os Corpus Christii eram uma das bandas mais aguardadas pelo público. Nocturnus Horrendus, mentor dos Corpus Christii, foi um monstro em palco (no bom sentido claro) e soube como ser o centro das atenções. "Rising" é a mais recente proposta da banda, mas isso não impediu que se focassem bastante em temas mais antigos. Totalmente intocável aquela hora em que os CC ocuparam o palco.

Apesar de por esta altura se começarem a colocar problemas de horários, com um atraso de cerca de meia-hora, começava-se a preparar o concerto de Men Eater. A banda setubalense parecia algo deslocada no cartaz, mas mal começaram a tocar deu para perceber que isso não era verdade. De facto, o público amontoou-se como ainda não o tinha feito em nenhum outro concerto. E os Men Eater não desiludiram: o seu prato forte continua a ser as guitarras fortes, que toavam ali entre o stoner e o sludge (maioritariamente). Pelo meio, tempo para mostrarem 3 temas novos, juntamente com músicas de "Hellstone". Por aquilo que se pôde ouvir, o novo trabalho da banda vai ser bastante poderoso, como uma linha algo diferente da de "Hellstone" (influências de Mastodon). Bastantes expectativas para a banda que se revelou em 2007.

Os The Firstborn – que são uma das minhas bandas preferidas – vieram logo a seguir. Foi pena o grande atraso com que se estava, o que acabou por dar a sensação de que todo o concerto foi muito rápido, rápido demais até, principalmente para uma banda que não tocava ao vivo há quase dois anos. Não seria este o regresso que idealizaram, mas ainda assim, entre clássicos e temas do próximo álbum (ainda não editado), a banda lisboeta tocou com classe e mestria. E convenceram. Havia imensa gente junto ao palco, que estava lá para os ver (como eu, por exemplo). E se Bruno Fernandes tinha algum receio em relação à forma como temas como “Flesh to the Crows” iam resultar ao vivo, pode perder esse receio completamente, pois os novos temas foram definitivamente um dos pontos mais altos da actuação. Valeu a pena e espero por uma próxima oportunidade e também pelo próximo álbum, "The Noble Search".

Nesta altura os músculos começavam a doer e comecei a acusar o facto de estar acordado há quase 20 horas. Lay Down Rotten tinha começado e quase que me passou ao lado. Mas o colectivo alemão acabou por me acordar e fazer-me ouvi-los com atenção. E ainda bem que o fiz, pois foi um grande concerto. A banda liderada por Daniel Jakobin, é completamente explosiva ao vivo. O mais puro death – metal saía das colunas a um volume bem alto e o público pedia mais e mais, de um concerto exemplar de excelentes executantes que se prolongou por cerca de uma hora e meia bem musculada. Venham eles outra vez e venha esse novo CD, que nós aguardamos.

Metal GDL, dia 2. Palco Viva o Metal e Palco Metal GDL a funcionar.

A primeira banda a tocar no segundo dia foram os Confront Hate. Infelizmente não consegui ver o concerto todo, só consegui apanhar a última música. O som pareceu mais alto que no dia anterior, mas a banda fez a festa e debitou a sua música com muito fervor e dedicação. Havia claramente mais espectadores do que à mesma hora do dia anterior, com os God.

Logo a seguir subiam ao palco os barcelenses The Ransack. Liderados por Shore, os The Ransack foram a surpresa do segundo dia e mostraram o bom death-metal que se faz no underground português. Eram notórias as influências de bandas clássicas como os Morbid Angel, mas também era possível ouvir algo refrescante e novo, que ao contrário dos Requiem Laus, não tornava o seu som datado. O público também parecia bem agradado, que entoou mesmo alguns refrões e respondeu à energia da banda com um moshpit intenso e bem visível.

Os Switchtense foram os senhores que se seguiram. De todas as bandas portuguesas que actuaram neste palco, foram provavelmente a que reuniu mais consenso e que tinha mais adeptos no público. O seu concerto foi o que se esperava: curto, mas cheio de energia e dedicação por parte da banda, que fez desfilar temas antigos e outros mais recentes, inclusive do álbum de estreia que será lançado ainda este ano, "Confrontation of Souls" de seu nome. O seu som varia entre o thrash (à la Slayer) e o hardcore. Valeu a pena e o público também achou, que continuava a aderir cada vez mais frente ao palco e que continuava a chegar ao recinto.

A inaugurar o palco Metal GDL estiveram os transmontanos ThanatoSchizo. Para quem nunca viu a banda, as palavras não chegam para descrever o seu concerto e muito menos a sua música. Por outro lado, quem já os viu, percebe o que eu quero dizer.
Se todas as bandas tinham um som bastante directo e bastante óbvio de identificar, o mesmo não se passa com os ThanatoSchizo. Embora a base seja o death-metal, são várias as influências na sua música, da folk ao hard-rock mais simples. A banda apresentou-se em boa forma (todos eles) e da sua set-list, constaram maioritariamente temas do novíssimo "Zoom Code". E esses temas resultam muito bem ao vivo, com muito poder e como que uma vida própria. Está em boa a forma a banda e de parabéns pelo seu excelente concerto.
Importa ainda assim dizer que este palco não tinha, de todo, o melhor som. Notou-se neste concerto e acabaria por se notar em todos os restantes concertos, principalmente em Krisiun.

De volta ao palco Viva o Metal, tocava a banda da casa, os "Seven Stitches". Foi notória a entrega e a diversão da banda em palco e, tal como os Switchtense, foram das bandas que mais fãs tinham no público. Mais uma mostra de como o underground português está vivo e bem vivo e continua a chegar a muita gente e a cada vez mais gente. O som dos "Steven Stitches" caminha entre o death-metal e o thrash, uma mistura que a banda conseguiu executar muito bem e com convicção.

No palco Metal GDL, logo após os Seven Stitches, começavam os brasileiros Krisiun. Muita expectativa em volta da banda de death-trash e estes não desiludiram quem por eles esperou. Foi um concerto poderosíssimo, rápido e intenso. Os Krisiun foram das bandas mais bem recebidas e acarinhadas pelo público e este fez questão de mostrar como gostam da banda com os braços no ar e com um moshpit infernal e constante. Alex fez questão reforçar várias vezes que era “muito bom estar entre os irmãos portugueses” e “falar a língua de Camões”. A expectativa foi – pelo menos para mim – superada e prejudicada apenas pelo som, que por vezes era altíssimo e com flutuações muito estranhas entre graves e agudos.

A encerrar o palco Viva o Metal encontravam-se os Hatesphere. Os dinamarqueses tinham dito que queriam ser os reis da festa e foram mesmo. Depois de dois concertos em 2003, os Hatesphere apresentaram-se em Grândola com um vocalista novo e com muito empenho e muito desejo de darem um excelente concerto. E deram mesmo. A banda de Peter "Pepe" Hansen e companhia deu um concerto de 40 minutos irrepreensível, quer a nível de entrega, quer a nível técnico. Foi possível ouvir temas antigos e principalmente temas do mais recente álbum "Serpent Smiles and Killer Eyes", com uma sonoridade que caminha entre o death-metal, o metalcore com algumas toadas de thrash. Ah, e com muito humor pelo meio também. O público não esmorecia e parecia cada vez mais enérgico e com vontade de festejar o Metal em grande.

E provavelmente o público estava também a aquecer para os grandes cabeças de cartaz do festival: os norte-americanos Devildriver. Formados por Dez Farfara após o fim dos Coal Chamber, os Devildriver têm uma sonoridade bem genérica; death-metal pode ser a sua base, mas acabam por torná-lo bastante crossover, misturando vários estilos, bem mais acessíveis que o de outras bandas deste festival, como os Krisiun ou os Lay Down Rotten. No entanto, grande parte das pessoas presentes no segundo dia estavam lá por causa deles e mal a banda de Dez Farfara começou a tocar, o público transformou-se completamente e entrou em êxtase por estar a presenciar o concerto de Devildriver. Uma set-list equilibrada, mas com pendor para temas do novo álbum "The Last Kind Words" e uma adesão a 100% da parte do público marcaram o concerto dos Devildriver. Ficou foi a faltar mais tempo, uma vez que o concerto durou apenas 45 minutos. Muito pouco para aqueles que eram o grande nome deste festival.

Neste segundo dia, os atrasos do primeiro dia não se verificaram tão claramente. No entanto, o som do palco Metal GDL não foi o melhor. E, aquilo que para mim foi pior, enquanto os Hatesphere ocupavam o palco Viva o Metal, os Devildriver decidiram fazer um segundo soundcheck (após o efectuado durante a tarde e bem longo), que ecoava para os lados do palco em que actuavam os dinamarqueses.

Em suma, o Metal GDL está de parabéns. Esta não pareceu apenas a 3ª edição. Embora se possam melhorar algumas questões de stage management, todos pareciam satisfeitos com o recinto, com as infra-estruturas e com a cerveja.

A organização esteve impecável e está de parabéns por ter conseguido trazer tanta gente a um festival com 80% de bandas portuguesas. É graças a festivais como este que se continua a fazer bom metal em Portugal, porque o metal precisa de ser tocado ao vivo, para um público sedento como o que esteve em Grândola. É graças a festivais como este que as pessoas se apercebem que o underground em Portugal está bem vivo e mais prolífero do que nunca. Posto isto, venha a quarta edição que eu lá estarei.


Programa #17, Especial Underground com Dico

Eis que chegados ao programa número 17, entrámos bem fundo nos meandros do underground português. E quem melhor do que Dico (ex-Dinosaur) para nos guiar por tão sinuosos mas geniais caminhos?
Recuperando alguns temas marcantes e falando um pouco do passado e do presente, foi esta a playlist:


#1- Dinosaur - Noise on Peace
#2 - Dinosaur - Life is for the Living
#3 - Powersource - My Inner Fears
#4 - Bloody Tears - The Queen of Death (Devil's Bride)
#5 - Downthroat - I See Blood
#6 - Eutanásia - Betrayal
#7 - Fallacy - Martírios

Não se esqueçam do podcast, é só clicar aqui.

Todos os domingos, às 18h, na Rádio Zero.

Irmandade Metálica Vol. II

Já é possível fazer o download do segundo volume da excelente compilação Irmandade Metálica, que procura dar a conhecer verdadeiros valores da música extrema portuguesa. Esta segunda edição conta com temas de Adamantine, Anifernyen, Anomally, Ciborium, Cronaxia, Crystalline Darkness, Echoes Of The Fallen Messiah, Eternal Death, Extreme Unction, Gwydion, Humanart, IC19, Inhuman, Loss Spectra Of Pure, Motörpenis, Painted Black, Pitch Black, Posidon, Shivan, Square, Sulphur Feast, Tales For The Unspoken, The 7thCircle, The Firstborn, The Sceptic, Undersave e Velkan.

Podem sacar esta segunda edição clicando aqui.

A primeira edição também está disponível e podem sacá-la aqui.

Ne Obliviscaris à conversa com Música de Peso

Ne Obliviscaris é um nome que provavelmente diz pouco aos portugueses amantes de sonoridades mais pesadas. Ainda.

Saídos da cena australiana, tal como os sleepmakeswaves e os Alarum, os Ne Obliviscaris são uma das mais surpreendentes bandas da actualidade. Com uma variedade enorme de influências e uma sonoridade marcadamente Black e Death Metal Progressivos, preparam agora o álbum de estreia que irá suceder à excelente demo The Aurora Veil. Tim Charles (violinista/voz limpa) respondeu a algumas perguntas.

"For me, there is nothing better than performing live. The energy that is shared between the band and the audience is something that can not be replicated in any other life situation. It is like a drug, and personally I just can’t get enough of it."

Cliquem aqui para ler tudo.

Sugestões de Peso #1

Estreamos hoje a rubrica “Sugestões de Peso”, onde quinzenalmente iremos sugerir alguns discos recém-editados (ou quase), nacionais e internacionais; bem como dois livros sobre música.

Abrimos o espaço de hoje com o álbum Praises to the War Machine, o primeiro registo a solo de Warrel Dane, vocalista dos Nevermore. Neste disco o músico preserva a essência da abordagem musical, estética e lírica do grupo que fundou em 1991. No entanto, adiciona ambiências de Rock Alternativo / Pós-Grunge, tão características de Seattle, mas aqui revestidas de um peso esmagador. Dos 12 temas disponíveis («Everything is Fading» é o 13º da edição limitada) destacamos «When We Pray», «Messenger», «Your Chosen Misery» e «The Day the Rats Went to War». Referência ainda às covers de "Lucretia My Reflection" (dos Sisters of Mercy) e "Patterns" (de Paul Simon). Dane faz-se acompanhar no álbum dos guitarristas Matt Wicklund (ex-Himsa) e Peter Wichers, do baixista Jim Sheppard (seu companheiro nos Nevermore) e do baterista Dirk Verbeuren, assegurando também prestações de alguns convidados. Jeff Loomis, guitarrista dos Nevermore; e James Murphy (ex-Obituay, etc.) encontram-se em destaque. Pleno de técnica, peso e melodia, Praises to the War Machine é de escuta obrigatória.

Global Warning é o terceiro e mais recente álbum da Jon Oliva’s Pain, banda a solo do fundador dos históricos Savatage. Tal como no anterior Maniacal Renderings, Global Warning apresenta canções retrabalhadas e regravadas que Jon havia composto com o irmão, Chris, tragicamente desaparecido em 1993. A orientação épica e orquestral que o músico tão bem empresta ao seu trabalho reveste-se neste álbum de uma ambiência seventies bastante mais vincada. Aliás, a influência de bandas como os Queen ou os Deep Purple está bem presente em temas como «Global Warning» ou «Look at the World».
Mais calmo, melódico e orientado para o Rock Clássico do que os dois anteriores registos, Global Warning agradará aos fãs habituais de Jon Oliva, apresentando ainda potencial suficiente para conquistar admiradores nas faixas etárias superiores aos 40/50 anos. Melódico e intenso, mas simultaneamente simples e complexo, este álbum marcará certamente a carreira de Oliva.
De referir ainda que Ralph Santolla, guitarrista dos OBITUARY (ex-Deicide, Death e ICcede Earth) aparece como convidado nos temas «Adding the Cost» e «You'll Never Know».

Quanto aos livros, começamos por falar de Choosing Death – The Improbable History of Death Metal and Grindcore. Escrito por Albert Mudrian, jornalista profissional e editor desde 2004 da revista norte-americana “Decibel”, o livro aborda as raízes destes géneros musicais, estabelecidas na vaga Punk do final dos anos 70. Desde o Grind britânico, passando pelo Death Metal brutal da Florida ou o Death melódico da Suécia, terminando nas sonoridades modernas praticadas por bandas como os Arch Enemy ou Hate Eternal, a retrospectiva histórica apresentada na obra não poderia ser mais completa.
Detalhado, intenso e muito bem escrito, Choosing Death apresenta declarações inéditas de figuras centrais na história do Death/Grind: músicos, produtores, A&R’s e outras personalidades sem as quais o género não seria o que é hoje. Uma obra de leitura essencial para fãs de música extrema que desejem aprofundar os seus conhecimentos musicais.

Finalmente, The Dirt – Confessions of the World’s Most Notorious Rock Band, a biografia oficial dos norte-americanos Mötley Crüe. Escrito pelo jornalista do “New York Times” Neil Strauss com o auxílio da banda, managers, promotores e representantes da editora, o livro aborda em pormenor a infância e juventude dos membros do grupo, bem como a formação, ascenção e queda do mesmo. The Dirt é um hino ao deboche, toxicodependência, alcoolismo, violência, insanidade, êxito e desgraça que foram as vidas de Vince Neil (voz), Mick Mars (guitarra), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria), separadas ou em conjunto, até ao final dos anos 90. Da vertigem do êxito planetário às tragédias pessoais tudo é minuciosa e despudoradamente relatado nesta obra essencial.


por Dico.


Sugestões de Peso, por Dico

Numa tentativa de tornar este blog ainda mais completo, senti-me na necessidade de ter um espaço com algumas recomendações. Mas tinha que ser algo bem escrito, e desenvolvido, não bastava debitar uma série de nomes de bandas e discos e esperar que as pessoas se interessassem.
É nesse sentido que estreio esta rubrica que será sempre que possível quinzenal. No entanto não serei eu a escrevê-la, mas sim Dico.



Ex-baterista dos Dinosaur, manteve sempre uma relação muito próxima com o jornalismo e o metal, como se pode ver no seu antigo blog Metal Incandescente e também pelos seus diversos artigos de opinião publicados no blog Lusitânia de Peso. Uma salva de palmas para o Dico e um muito obrigado pela sua colaboração com o Música de Peso. O blog só tem a ganhar com esta situação. Quero fazer deste espaço um espaço mais dinâmico e interessante e só assim o conseguiria.

Recomendações de Peso, quinzenalmente, aqui.

Programa #16

Mais um fim de semana quente (como se pede nesta altura do ano) que acaba em peso, com mais este programa. Aqui fica a playlist.

#1 Quorthon - No More and Never Again (Album, 1994)
#2 Hail Of Bullets - Red Wolves of Stalin (...Of Frost and War, 2008)
#3 Cryptopsy - Dead and Dripping (None So Vile, 1996)
#4 Cryptopsy - Resurgence of an Empire (The Unspoken King, 2008)
#5 Dark Angel - Hunger Of The Undead (Darkness Descends, 1986)
#6 Gangrena Inc. - Hate Amplifier (Hate Amplifier, 2008)
#7 Gangrena Inc. - Sonhos Enterrados (Hate Amplifier, 2008)
#8 Transilvanian Beat Club - Im Wald (Willkommen im Club!, 2006)
#9 Marduk - Vanity of Vanities (Rom 5:12, 2007)
#10 Ulver - Of Wolf and Hatred (Nattens Madrigal, 1996)

Um programa marcado pela chegada do Música de Peso ao Brasil.

Para ouvir, é favor clicar
aqui.

Entrevista a Timb Harris (Estradasphere)

O Música de Peso foi falar com Timb Harris, violinista e trompetista de uma das mais completas bandas da actualidade: os norte americanos Estradasphere (que estiveram em Portugal pela primeira vez o ano passado).
Timb falou-nos da banda, do que os influencia, dos projectos e de todo o universo que rodeia a banda, musicalmente e não só.

Versão na íntegra, aqui.

Programa #15, Convidado de Peso #2 - Bruno Fernandes dos Firstborn

À conversa com Bruno Fernandes, vocalista dos The Firstborn.


Revisão de carreira e três temas em exclusivo do álbum que ainda está para vir - The Noble Search.

Para ouvir, cliquem aqui, vale mesmo a pena.

Newsletter digital "Music Interview"

Press-release da Music Interview, uma newsletter digital fundada por Dico, elemento dos lendários Dinosaur. A primeira edição conta com uma entrevista a Albert Mudrian.

Portela, 15 de Junho de 2008 - Já se encontra disponível a newsletter digital Music Interview. Disponível em formato PDF (o download é gratuito) e escrita em inglês, não terá periodicidade certa. Nela os leitores não irão encontrar entrevistas com bandas, reportagens de espectáculos, críticas a CD’s, maquetas ou DVD’s ou studio reports. Não. Esta newsletter pretende fazer a diferença e ir muito para além do óbvio.

Para tal, os conteúdos serão unicamente entrevistas com autores de livros sobre música, realizadores de filmes e / ou documentários sobre o tema, bem como outras personalidades que, de uma forma ou de outra, promovem a cultura musical no mundo. Poderá também haver algumas notícias sobre estes temas.

Na primeira edição podem ler-se cinco páginas de entrevista a Albert Mudrian, jornalista e escritor norte-americano. Editor-chefe desde 2004 da revista "Decibel", Mudrian é autor do livro Choosing Death - The Improbable History of Death Metal and Grindcore. Dico falou com o autor sobre esta obra, bem como o passado, o presente e o futuro do Death Metal e do Grindcore. A não perder.

Download gratuito disponível em: http://www.mediafire.com/?k1nwxxmdbiy


Para contactos: dicopt@yahoo.com




Mais um excelente festival


E mais informação disponível em myspace.com/metalgdl

Esta semana no Música de Peso

À conversa com Bruno Fernandes, vocalista dos The Firstborn.


Revisão de carreira e três temas em exclusivo do álbum que ainda está para vir - The Noble Search.

Não percam, às 18H em www.radiozero.pt.

Entrevista a Dan Swanö

Este nome devia dizer algo a toda a gente. Mas se calhar dizem-vos mais os nomes das bandas a que este senhor está ligado, directa ou indirectamente: Diabolical Masquerade, Edge Of Sanity, Pan Thy Monium, Shadowsphere, Opeth, Katatonia, Bloodbath e tantas outras...
O Música de Peso pôs algumas questões e Dan acedeu a respondê-las. De forma directa e clara, levantando o véu a algumas dúvidas. E também deixou alguns conselhos para quem estiver a começar no mundo da música.

"When I heard the 1st Obituary record something snapped in me and since then only the deadliest was good enough!!"

Toca a clicar aqui para ler tudo.

LBL 2008, tristes notícias

A Organização do Festival “LAGOA BURNING LIVE 2008” vem por este meio anunciar que o evento está neste momento suspenso.

O recinto onde o festival iria ter lugar nos dias 25, 26 e 27 de Julho foi barbaramente destruído e os prejuízos adjacentes são de valor elevadíssimo, o que a cerca de um mês e meio do início dos espectáculos torna-se completamente impossível preparar o recinto adequadamente para a realização do Festival.

Ainda não foram encontrados e identificados os responsáveis por tão bárbaros e incompreensíveis actos de vandalismo, mas pede-se a quem souber de alguma coisa relacionada com estes acontecimentos que contacte a organização do evento e as autoridades policiais. Nem que seja pelo menos para saber o porquê de tão estúpidas acções...

Nos próximos dias serão acrescentadas ao site algumas fotografias que demonstram as condições em que o Parque de Feiras e Exposições de Estombar ficou após estes acontecimentos.

Durante estes dias tentou-se encontrar um outro lugar que suportasse toda a logística que um festival desta envergadura suporta, mas todas as tentativas tornaram-se infrutíferas.

Esta notícia é simplesmente desastrosa visto que será quase impossível encontrar uma nova data que permita contar com todas as bandas previamente anunciadas e confirmadas, já que existem compromissos a serem cumpridos num futuro próximo.

A organização adianta que irá ser encontrada uma nova data para a realização do Festival “Lagoa Burning Live 2008” , pelo que o evento não deixará de acontecer, seguramente.

A todos os que já adquiriram e reservaram bilhetes para o evento, adianta-se que poderão conservar o bilhete, os ingressos serão aceites da mesma forma.

Também se procederá à devolução dos bilhetes a todos os interessados, neste caso por favor contactar a organização através do e-mail do site oficial do festival e deixar o NIB e o número de bilhetes que foram adquiridos. A organização tem todas as informações necessárias para se proceder à devolução dos ingressos.

Por último, em jeito de desabafo e em nome de toda a organização do “LAGOA BURNING LIVE 2008”, o nosso MUITO OBRIGADO a todos os que apoiam este evento de uma maneira ou de outra, quer seja a deixar impressões em websites, fóruns, blogues, webzines, ou simplesmente a passar palavra. É tremendamente importante para o crescimento sustentado do evento.

Por outro lado, não podemos deixar de lamentar os constantes rumores que cresceram de modo progressivo e que, foram baixando as expectativas não só das pessoas, mas também das bandas presentes nos eventos.
A uma certa altura constatou-se, através de uma pesquisa constante em fóruns de conversação, que já se sabia de tudo relativamente ao festival, sem efectivamente haver uma confirmação ou um desmentido por parte da organização.
Estas fugas de informação são a todos os níveis lamentáveis e prejudiciais para o evento, para a própria organização do evento e tem-se reflectido claramente nas pré-vendas de bilhetes de venda antecipada.

A organização faz também mea culpa em relação à falta de informação que foi claramente prejudicando a credibilidade do festival e adensando as dúvidas, de certeza que daqui em diante as coisas serão feitas de outra forma. Garantidamente.

Em breve será transmitida a nova data de realização do Lagoa Burning Live.

Muito obrigado,

Com a melhor das considerações,
A Organização do LBL

Por vezes parece-me que vivemos de novo na idade da pedra, onde tudo é irracional. É tudo uma triste reflexão das tristes pessoas que temos neste país.

Caos Emergente 2008: 12, 13 e 14 de Setembro


Bem, este ano temos cá tudo... Podem saber mais em: www.myspace.com/caosemergente

Lord K. Philipson fala dos Torture Division

Para a terceira entrevista de peso escolhi Lord K. Philipson - que também é guitarrista na banda The Project Hate MCMXCIX. Lord K. fala-nos do seu novo projecto, os Torture Division, e de como apenas querem fazer a música mais brutal à face da terra.

Ah, e conhecem os Moonspell.


"You will never be as good as us anyways. And setting for second best is useless."

Cliquem aqui para ler a entrevista na íntegra.

Programa #14

E mais um domingo de peso chegou ao fim. Aqui fica a playlist...

#1 Pestilence - Chronic Infection (Consuming Impulse, 1989)
#2 Absu - Pillars Of Mercy (Tara, 2001)
#3 Ribspreader - The Unblessed (Bolted To The Cross, 2004)
#4 Rotting Christ - Shadows Follow (Triarchy Of The Lost Lovers,1996)
#5 Rotting Christ - A Dinasty From The Ice (Triarchy Of The Lost Lovers,1996)
#6 Vital Remains - Battle Ground (Forever Underground, 1997)
#7 Nile - Sarcophagus (In Their Darkened Shrines, 2002)
#8 Torture Division - Bludgeoning Your Flesh Into Dust (With Endless Wrath, 2008)
#9 Torture Division - We Are Torture Division (With Endless Wrath, 2008)
#10 Behemoth - The Nephilim Rising (Demigod, 2004)
#11 Dodheimsgard - Sonar Bliss (666 International, 1999)

...e o podcast, claro está! É só clicar aqui.

Não percam o programa na próxima semana, que contará com a presença de Bruno Fernandes, vocalista dos The Firstborn.

Domingos, às 18H, na Rádio Zero.

Playlist para os dias quentes de Junho

Entre várias entrevistas que tenho feito, é óbvio que continuo a ouvir música. E entre clássicos e coisas novas, tenho ouvido coisas bem interessantes e bem giras. E nada melhor do que partilhar com o mundo o que tenho ouvido:

#Danzig - Lucifuge
#Stevie Wonder - Innervisions
#Consecration - Aux
#Vital Remains - Forever Underground
#Esoteric - The Maniacal Vale
#Napalm Death - Scum
#Torture Division - With Endless Wrath
#Ne Obliviscaris - The Aurora Veil
#Opeth - Watershed #Bloodbath - The Wacken Carnage
#Transilvanian Beat Club - Wilkommen In Club
#Obituary - Slowly We Rot
#Carcass - Reek Of Putrefaction
#Martriden - The Unsettling Dark
#Nile - Ithyphallic
#Dan Swano - Moontower


Os Torture Division são uma das bandas mais interessantes que tenho ouvido. Um projecto completamente despretensioso, que só quer tocar o death-metal mais brutal do mundo. E os Transilvanian Beat Club são diferentes. E que dizer de Watershed dos Opeth? Um álbum fantástico!! Ao 9º álbum continuam a soar tão bem como no primeiro. Parabéns.

Entrevista de Peso com Guilhermino Martins (ThanatoSchizo)

Guilhermino Martins é o guitarrista dos ThanatoSchizo. Guilhermino Martins é também um dos maiores impulsionadores do metal no Norte de Portugal. Fomos falar com ele sobre os ThanatoSchizo, sobre o seu recente trabalho como produtor e sobre o estado da música neste país.

"É o nosso melhor álbum e é, provavelmente, o primeiro registo de uma nova fase da banda, cada vez mais livre, única e personalizada."
Cliquem aqui para ler tudo.

Sikth chegam ao fim

Depois de 7 anos de carreira e dois álbuns lançados, a banda do Reino Unido decidiu pôr um ponto final na sua carreira. No site oficial da banda é possível ler-se o seguinte:

"It deeply saddens the four of us to announce that we are closing the book on SIKTH... it's time to split up. A combination of factors have driven us to make this decision.

"We want to assure you that if it were viable for us to carry on - we would

"We are so proud of all that we have achieved as Sikth and we have agreed to work together again in the future.

"We are currently involved in new projects so keep checking our personal pages for announcements.

"And finally, we owe such huge and sincere thanks to all of you for listening to our music and enabling us to live our dream. We know we have left you in the dark lately and we are sorry for that.

"Your loyalty will never be forgotten.

Dan, James, Dan, Pin."

É uma pena, o álbum The Trees Are Dead... era realmente excelente. No entanto, parece que estão envolvidos noutros projectos. Vamos esperar para ouvir.

Alliance Festival

Já tinha falado aqui do Alliance Festival, que vai acontecer em Agosto deste ano. E agora encontrei isto no fórum Metal Underground:

Um ano depois de o Festival Marés Negras ter monopolizado a cidade do Porto, com uma maratona de seis horas de música, especialmente pensada para os seguidores do metal, chegou a vez de Carcavelos receber este movimento naquele que é o seu segundo acto. Com o intuito de descentralizar e permitir a todos o acesso a uma sonoridade com cada vez mais adeptos em Portugal, o agora denominado ALLIANCE FEST ocupa-se do Pavilhão dos Lombos, para apresentar, dias 8 e 9 de Agosto, um cartaz recheado de bandas com provas dadas na cena underground nacional e internacional.

Com o mesmo conceito do Marés Negras - de proporcionar, à semelhança de outros festivais de Verão, um evento onde os fãs de sonoridades mais sombrias possam ver ao vivo as suas bandas de eleição – o ALLIANCE FEST pretende ser o maior festival de metal de Portugal. Ao longo de dois dias, 8 e 9 de Agosto, a organização espera receber 5.000 mil pessoas no Pavilhão dos Lombos de Carcavelos, um espaço adaptado ao pormenor para que este se confirme como um evento marcante e sem precedentes no nosso país.

Arch Enemy (SW), Anathema (UK), Marduk (SW), Exodus (USA) e 3 Inches of Blood (CA) são as primeiras confirmações internacionais que se juntam aos portugueses We Are the Damned, Echidna, Blacksunrise e Shadowsphere no cartaz do ALLIANCEFEST, mas esperam-se mais. Nos próximos dias a organização vai anunciar o restante alinhamento que se prevê revelador da credibilidade que os fãs de metal têm ajudado o nosso país a conquistar junto dos grandes a nível mundial. Do speed ao thrash, do black ao death, o ALLIANCE FEST traz a Portugal as bandas mais desejadas deste Verão.

Brevemente será divulgado preço de bilhetes e postos de venda.
Um festival de afinidades entre os diferentes géneros do metal que resulta de uma parceria entre a portuguesa PRIME ARTISTS e a espanhola FRONTLINE.

Toda a informação este fim-de-semana no site oficial: http://www.alliancefest.com
Para mais informações: promotion@alliancefest.com

Fonte: Prime Artists

E há gente no fórum a falar de Carcass...Sendo assim, Lagoa e Corroios são duas paragens a pensar. Se juntarem Carcass e Anathema no mesmo dia, ainda melhor! Aguardemos por mais novidades.

Pérola da Semana - Mikael Akerfeldt VS Steven Wilson

Batalha de titãs: quem sabe mais sobre rock-progressivo?


Breves

Na verdade esta notícia já vem com algum atraso, mas agora que parece ser mesmo oficial, merece ser postada: o colectivo suíço Celtic Frost parece ter terminado a sua carreira de quase 20 anos.
No site oficial da banda pode ler-se "Celtic Frost singer and guitarist Tom Gabriel Fischer has left Celtic Frost due to the irresolvable, severe erosion of the personal basis so urgently required to collaborate within a band so unique, volatile, and ambitious."
Não é a primeira vez que a banda se depara com esta situação, uma vez que Tom G. Warrior já tinha abandonado a banda nos anos 90, acabando por regressar em 2001. Monotheist, de 2006, é o último registo de originais.

Os Porcupine Tree estão de regresso a Portugal, desta vez em nome próprio, após se terem estreado no festival Vilar de Mouros em 2005. Os concertos irão decorrer no Incrível Almadense a 7 de Outubro e no dia seguinte, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

O festival Marés Negras que o ano passado se realizou no Coliseu do Porto - com Moonspell e Before The Rain, entre outros - este ano irá sofrer uma mudança de localização e de nome: irá decorrer em Corroios e chamar-se-à Alliance Fest. Para já parecem estar confirmadas as seguintes bandas: Exodus, 3 Inches of Blood e Arch Enemy. A data avançada é 9 de Agosto, sendo possível que o festival se estenda durante 2 dias.


Programa #13

Cá está a playlist do programa de hoje, dia 1 de Junho. O podcast está mesmo aqui.

#1 Sepultura - Lobotomy (Beneath The Remains, 1989)
#2 Dismember - Under a Bloodred Sky (Dismember, 2008)
#3 Martriden - The Calling (The Unsettling Dark, 2008)
#4 Dan Swanö - The Big Sleep (Moontower, 1998)
#5 Thragedium - The Flame of Draconis (Theatrum XXIII, 2002)
#6 Repulsion - Decomposed (Horrified, 1989)
#7 Repulsion - Radiation Sikness (Horrified, 1989)
#8 Ne Obliviscaris - As Icicle Fall (The Aurora Veil [demo], 2007)
#9 Umoral - This Is Not The Darkness You Paid For (Umoral, 2007)
#10 Virus - Gum, Meet, Mother (Carheart, 2003)

Novidades e clássicos lado a lado no Música de Peso.

PS - 13 é mesmo número de azar...

Vital Remains

Em 1987 formava-se a banda que - juntamente com os Nile e os Cryptopsy - a meio da década de 90 iria agitar as águas cada vez mais paradas e monótonas do death-metal.


Forever Underground, lançado em 1997 foi o álbum que mudou tudo. Juntando o som cru, brutal e old-school característico do death-metal do início da década, mas misturando-lhe elementos mais progressivos e exteriores ao death-metal, os Vital Remains conseguiram fazer com que houvesse de novo um público interessado em música mais extrema. As guitarras rápidas, a voz distorcida, o pedal duplo na bateria... Neste álbum nada falha ou falta.

Após várias mudanças de line-up, os Vital Remains encontram-se numa fase relativamente estável, contando inclusivé com Glen Benton (Deicide) nas vozes. Após este Forever Underground, a banda lançou já mais três álbuns: Dawn Of The Apocalypse, Dechristianize (que fala da descristianização em França aquando da Revolução Francesa) e Icons Of Evil - este de 2007.Infelizmente, a banda não se encontra num período muito activo; Glen Benton está nos Deicide, Dave Suzuki tem uma posição indefinida na banda e apenas Tony Lazaro parece estar 100% empenhado na banda - que procuram um baixista e um guitarrista. Este ano, ainda só têm um concerto marcado.