Dark Suns - Grave Human Genuine


Enquanto o Programa #6 não tem um podcast e o #7 ainda está a ser preparado (com os lisboetas Gwydion em entrevista), tenho ouvido algumas coisas. Além do fantástico Zoom Code (dos ThanatoSchizo) e dos surpreendentes Orphaned Land (israelitas estes senhores!) decidi recordar os dois primeiros álbuns dos alemães (mais especificamente de Leibniz) Dark Suns. E foi no seguimento desta recordação que descobri que a banda havia editado Grave Human Genuine, em Fevereiro de 2008.
Para quem não os conhece, o primeiro álbum foi editado em 2003 e tinha o nome de Swanlike e apenas dois anos depois, lançaram o seu magnus opum, o conceptual Existence. Se o primeiro registo se caracteriza por uma sonoridade claramente doom-death, o segundo denota uma enorme evolução, quer em termos musicais, quer em termos de produção e cuidados de estética. Existence é um álbum muito intimista e pessoal e os Dark Suns conseguem construir todo um universo sonoro fantástico e envolvente.


Infelizmente, com Grave Human Genuine, os Dark Suns parecem ter perdido um pouco essa capacidade de envolver o ouvinte. A execução técnica continua a ser de primeira (aplausos para Niko Knappe que acumula funções de bateria e voz e continua a melhorar), mas o som não é tão orgânico como em Existence ou mesmo Swanlike. A componente experimental/progressiva continua a dominar, o death-metal está presente, mas a sua sonoridade muita própria parece ter-se esvaído um pouco, notando-se ser um álbum pejado de influências de Meshuggah (os riffs e os tempos na guitarra não enganam) e Tool (uma das faixas é cantada tal e qual a Rosetta Stoned - ou como em Central Scrutinizer do Zappa, é como vocês quiserem).Ou seja, para quem estava habituado a uns Dark Suns iguais a si mesmos, vai certamente ficar ligeiramente desiludido.
Mas este álbum continua a ser um bom álbum: é garantido que começando a ouvir só vão parar mesmo quando o disco acabar. Mas ainda assim, podem ficar algo desapontados.


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